Anos atrás, morei num local onde tinha um hospício, bem em frente à minha casa. Nele, havia um interno que todo dia pulava por cima do portão e fugia. Depois de muito trabalho, traziam-no de volta. Era sempre assim. Ninguém conseguia contê-lo. Um dia, resolvi dar minha sugestão. Na verdade, há muito eu reparava que o homem saltava sobre o mesmo portão, mas sempre de modo idêntico. Por isso, sugeri que deixassem o portão aberto, o que foi feito. Deu certo, pois o louco não mais fugiu. É que sua questão era, por algum motivo, pular sobre aquele determinado portão. A fuga era só uma consequência.
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